O que é a taxa SELIC e como ela impacta sua vida?

Você sabe o que é a taxa Selic? Provavelmente, já deve ter visto sobre ela por aí nos jornais e as variações que sofre (para mais ou para menos) de tempos em tempos. Porém, você já parou para pensar em como ela afeta sua vida em vários aspectos — mesmo para quem não acompanha a economia ou não gosta do assunto?

Pensando nisso, resolvemos elaborar este artigo para explicar o que é essa taxa, quais impactos ela gera no nosso dia a dia e a relação que ela tem com a oferta de crédito. Continue a leitura para saber um pouco mais sobre esse assunto tão importante!

O que é a taxa Selic e como ela funciona?

A taxa Selic, termo que significa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, consiste na taxa básica de juros da economia. Isso quer dizer que todas as outras taxas utilizadas no País são influenciadas por ela, o que inclui empréstimos, financiamentos e investimentos financeiros.

O cálculo é feito pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, que define a chamada Selic Meta. A cada 45 dias é feita uma reunião pelo comitê, que decide quais serão os rumos dessa taxa (se ela vai aumentar ou diminuir).

Dessa forma, se o percentual aumenta, já podemos esperar uma elevação nas taxas de juros praticadas no mercado. O contrário também vale: a diminuição acarreta juros menores.

De que forma essa taxa impacta sua vida?

Quando se começa a apostar mais em educação financeira, a taxa Selic está entre as primeiras coisas que precisam ser entendidas (junto à organização do orçamento, ao cuidado com os gastos e a outros índices econômicos). Isso é importante porque ela afeta diversos aspectos da nossa vida, desde os preços dos produtos que compramos no supermercado até o ganho que temos se deixarmos o dinheiro guardado na poupança.

Com a Selic alta e as taxas de juros acompanhando essa tendência, o que se pode esperar é uma diminuição no consumo. Isso porque muitas pessoas vão preferir aproveitar o momento para guardar e investir o dinheiro com taxas maiores.

Como consequência, a inflação acaba diminuindo, uma vez que os consumidores estão comprando menos. A ideia é reduzir os preços a fim de estimular o gasto e movimentar a economia. Então, aqui já temos o primeiro impacto.

Além disso, a alta da Selic torna os investimentos em renda fixa ainda mais atrativos, já que muitos deles estão atrelados a esse índice. Logo, deixar o dinheiro aplicado em um CDB, em títulos do Tesouro ou até mesmo na poupança é uma boa ideia, visto que eles vão oferecer uma rentabilidade bem satisfatória para os investidores. Sendo assim, entre gastar de imediato e poupar, tendo um bom retorno, qual é a melhor opção para você?

Para entender bem essa diferenciação, imagine que você está planejando uma viagem para daqui a um ano e que a Selic está em alta. Você tem dois cenários: 

  • parcelar a compra no cartão de crédito (pagando juros mais altos para isso);
  • guardar dinheiro todos os meses, receber ótimos ganhos, juntar um montante maior que o necessário no final dos 12 meses e pagar a viagem à vista (e ficar sem dívidas).

Qual dos dois é o melhor?

Qual a relação entre a Selic e as possibilidades de crédito?

Outro ponto que merece destaque nessa relação entre taxa Selic e o nosso dia a dia está a concessão de crédito no mercado. Com os juros mais altos, a obtenção de empréstimos e financiamentos, por exemplo, se torna mais cara. 

Lembra que falamos que ela é a taxa básica de juros e que várias outras são baseadas nela? É aqui que isso ocorre na prática. Você pode notar que sempre que a Selic aumenta (ou diminui), os bancos acompanham esse movimento e alteram as condições dos produtos oferecidos aos clientes — e isso vale até mesmo para o cartão de crédito.

Agora, olhando por outro lado, uma Selic baixa é boa para a economia. Com ela, os juros também caem, refletindo no preço dos produtos e estimulando o consumo. O mesmo serve para os investimentos. Afinal, que vantagem tem em deixar o dinheiro guardado em renda fixa se a rentabilidade dele é muito baixa? 

Nesses casos, a tendência é a de que as pessoas prefiram comprar e aproveitar as boas condições de parcelamento, financiamento, entre outras coisas. Esse é o cenário que estamos vivendo atualmente. Recentemente, o Copom abaixou ainda mais a taxa, levando a 4.5% anual. Esse é o menor índice da história, o que significa que os juros estão baixíssimos. 

Um dos objetivos para que essa decisão fosse tomada é a tentativa de retomar a economia, estimulando o consumo por parte da população e tornando o cenário mais favorável para as empresas — o que também estimula a criação de novos postos de trabalho, entre outras consequências.

Isso serve também para os juros da oferta de crédito no mercado, que segue os mesmos rumos e se tornam menores. Nesse caso, a tendência é a de que as pessoas estejam mais propensas a buscar empréstimos, realizar financiamentos e outros tipos de parcelamentos — colocando mais dinheiro em circulação.

E isso não é válido apenas para a população. As empresas também ficam mais sujeitas a pedir crédito, que poderá ser utilizado para investir em melhorias e buscar se tornarem ainda mais competitivas no mercado.

Agora que você já sabe o que é taxa Selic, viu só como ela tem total relação com o nosso dia a dia? Apesar de ser um termo muito utilizado na economia e no mercado financeiro, é importante que todos acompanhem as alterações feitas, uma vez que elas afetam nossas relações de consumo e a decisão do que é melhor fazer com o dinheiro (poupar ou gastar). Portanto, não deixe de ficar por dentro desses índices.

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