Financiamento ou consórcio? Entenda as vantagens de cada um
Você sonha em comprar um bem de alto valor, como um veículo ou um imóvel? É provável que sua resposta seja “sim”. Muita gente deseja alcançar esse objetivo, mas, sem o dinheiro necessário para a compra à vista, só resta uma de duas saídas: fazer um financiamento ou um consórcio.
Por falta de conhecimento sobre a segunda modalidade, a primeira é a opção mais utilizada — no entanto, isso não significa que seja a melhor. A cada dia que passa, as pessoas conhecem mais sobre o consórcio e repensam suas estratégias de aquisição.
Como definir a melhor para você? Tanto o financiamento quanto o consórcio têm características próprias e apresentam vantagens e desvantagens. Conhecer esses aspectos é fundamental para tomar uma decisão inteligente e consciente. É por isso que criamos este post.
Veja quais são as características, vantagens e desvantagens do financiamento e do consórcio e saiba quando eles valem a pena. Confira!
O que é e como funciona o financiamento?
O financiamento é uma linha de crédito oferecida por instituições financeiras para facilitar a compra de bens ou serviços. Nesse caso, você solicita o dinheiro para comprar um produto e a operação é autorizada. Com isso, recebe as chaves do seu carro ou apartamento na hora.
O pagamento é feito de forma parcelada. Em contrapartida, o banco aplica juros e outros encargos, que cobrem o potencial risco de inadimplência. Além disso, até terminar a quitação de todas as prestações, o bem fica alienado, ou seja, o banco continua sendo proprietário. Você tem o direito efetivo somente depois de liquidar os valores.
Quais são as vantagens do financiamento?
O financiamento já é muito conhecido e utilizado pelos brasileiros. Por isso, vamos começar por ele. Veja algumas das suas principais vantagens.
Acesso facilitado a bens e serviços de alto valor
O financiamento pode ser contratado para a compra de qualquer bem, seja um carro, seja uma casa. A solicitação é feita em uma agência bancária ou outra instituição financeira autorizada. Com a aprovação do crédito, você adquire o bem desejado.
Nessa modalidade, existe a possibilidade de dividir o valor total em suaves prestações ao longo do tempo. Essa facilidade fornece uma chance maior de realizar um sonho, mesmo que você não tenha grandes quantias de dinheiro disponíveis.
Isso acaba sendo bom também para a economia, já que estimula grandes movimentações financeiras nos processos de compra e venda no País.
Acesso imediato ao bem ou serviço desejado
A segunda vantagem da opção de compra por financiamento é que, no fechamento do contrato, o bem é adquirido na hora. Ou seja, você nem precisa esperar o pagamento da primeira parcela para ter a posse do que foi negociado.
No entanto, esse acesso nem sempre é tão fácil como parece. Para realizar o financiamento, pode ser exigida a apresentação de garantias (bens e/ou créditos que somem valor igual ou superior ao do financiamento) para a proteção do banco em caso de inadimplência.
Outro fator que pode atrasar esse acesso é a análise de crédito. Ela é feita pelo banco ou pela financeira para atestar se você é bom pagador e se tem condições de assumir uma dívida como a que pretende contratar.
Como o índice de inadimplência é muito alto no Brasil — atingiu 62,8 milhões de pessoas em maio de 2019, segundo a Serasa Experian —, essas são as práticas adotadas como forma de proteção ao crédito de bancos e financeiras. Se a operação for autorizada, o caminho estará livre para a aquisição do bem.
Negociação das parcelas
As parcelas do financiamento podem ser reduzidas de maneira significativa se você tiver um valor considerável para dar de entrada na compra. Como consequência, essa medida diminui a incidência de juros cobrados.
Da mesma forma, pode reduzir o número de parcelas e contribuir para a finalização do pagamento antes do previsto. Nesse caso, sempre vale a pena oferecer um valor de entrada, se houver disponibilidade.
Na dúvida entre financiamento ou consórcio, é bom lembrar que, para ter acesso às vantagens da primeira opção, paga-se um preço alto em forma de juros compostos distribuídos entre as parcelas.
Além disso, ao fim do pagamento, é possível que o bem não tenha mais o valor que tinha quando o adquiriu. É o que acontece com os carros, por exemplo. Assim, devido à desvalorização, se você quiser vender ou trocar o item, perderá dinheiro na operação.
Quais são as desvantagens do financiamento?
O financiamento pode ser a modalidade mais escolhida pelos brasileiros, mas está longe de ter apenas benefícios. Existem algumas desvantagens significativas e que precisam ser consideradas. Por isso, listamos as principais a seguir. Veja!
Taxa de juros elevada
O financiamento é uma operação arriscada para a instituição financeira. Por isso, a taxa de juros aplicada é alta. Para se ter uma ideia, o Crédito Direto ao Consumidor (CDC), utilizado para a compra de automóveis, tem média de 1,6% ao mês. Por sua vez, o habitacional tem taxas entre 7% e 8% ao ano.
É importante ressaltar que os juros do financiamento costumam seguir a Selic — taxa básica de juros da economia —, que tem um impacto maior no longo prazo. Além disso, se você atrasar a quitação de uma parcela, serão aplicados mais juros e multas.
Outros encargos ainda são aplicados junto à taxa de juros. Por isso, é importante analisar o Custo Efetivo Total (CET), que inclui todos os percentuais incidentes sobre a parcela.
Prazo superior de pagamento
O prazo de pagamento mais longo parece atraente, mas é uma armadilha financeira. Quanto maior é o tempo de quitação das parcelas, mais caros ficam os juros incidentes. Além disso, torna-se mais difícil fazer um planejamento financeiro, porque você não sabe como estará no futuro.
Com isso, a chance de perder a capacidade de pagamento durante o período de validade das parcelas é maior. Afinal, um carro é pago em até cinco anos e um imóvel em até 35 anos. Como o bem ainda estará alienado para a instituição financeira, a chance de você perdê-lo devido à inadimplência é maior.
Se esse não for o problema, você terá uma dívida alta por um período longo, que comprometerá o alcance de objetivos futuros e até sua preparação para a aposentadoria.
O que é o consórcio e como funciona?
O consórcio é um investimento de médio ou longo prazo no qual você adquire uma cota de participação de um grupo. O prazo de pagamento e o valor das prestações são acordados previamente. As parcelas são quitadas todos os meses e isso dá direito a uma carta de crédito.
Mensalmente, são realizadas assembleias, nas quais um ou mais participantes são contemplados, por meio de sorteio ou da oferta de lances. Ao ter sua carta de crédito, você negocia a compra do bem à vista. Toda essa operação é coordenada pela administradora do consórcio, a empresa responsável por gerir e cuidar do bom andamento dos grupos. Ela também ajuda na parte burocrática, oferecendo todo o suporte necessário aos consorciados.
Quais são as vantagens do consórcio?
Chegou a vez do consórcio. Por suas características, o consorciado recebe vários benefícios. Conheça as principais vantagens dessa modalidade de compra.
Flexibilidade do uso da carta de crédito
O acesso à carta de crédito é conseguido no momento da contemplação, seja por sorteio, seja por lance. A partir disso, você tem liberdade de usar o dinheiro para comprar o bem desejado, que pode ser diferente do que está listado em contrato. A única exigência é seu enquadramento na mesma categoria.
Ficou confuso? Veja o que pode ser feito: imagine que o seu consórcio é para a compra do veículo X da marca Y, que custa R$80 mil. No momento da contemplação, você quer o modelo Z da fabricante W, porque é mais novo e oferece mais recursos.
Nesse caso, basta comunicar o interesse à administradora e fazer a compra. A mesma prerrogativa é válida para carros usados e até imóveis. No contrato, pode estar listado um apartamento, mas você pode adquirir uma casa.
Ausência de cobrança de taxa de juros
O financiamento implica o pagamento de juros e outros encargos, muitas vezes elevados, e que são diluídos entre as parcelas. No consórcio não há esse tipo de custo.
As únicas cobranças realizadas são as taxas administrativas, de fundo de reserva e o seguro, que é opcional. Mesmo assim, se somadas, o montante não chegará perto do valor total que será pago em um financiamento.
Manutenção do poder de compra à vista
A carta de crédito contemplada funciona como dinheiro. Na prática, é como se você comprasse o bem à vista. A diferença é que, em vez de passar o cartão ou entregar várias notas, a administradora repassa o documento do consórcio para o vendedor.
Para evitar prejuízos, a administradora faz reajustes planejados, de acordo com as cláusulas do contrato. Com isso, você compra o bem desejado à vista e pode barganhar descontos. Assim, ao adquirir um automóvel, obtém uma redução de preço ou até o acréscimo gratuito de algum acessório.
Planejamento financeiro
O consórcio tem parcelas planejadas e já previstas no início do contrato. Com isso, você já sabe quanto terá que desembolsar por mês e o período de pagamento — aliás, é você quem escolhe a melhor alternativa para as suas finanças.
Além disso, a prestação do consórcio é um compromisso assumido, que incentiva a guardar dinheiro para formar um patrimônio — algo que uma pessoa sem disciplina tem dificuldades.
Aqui, a dica é atentar ao que está descrito no contrato do grupo. Afinal, cada um deles tem características específicas e a previsibilidade pode sofrer algumas diferenças. Portanto, vale a pena conferir com a administradora.
Economia
A comparação do valor das parcelas entre o financiamento e o consórcio comprova que a diferença é significativa. No financiamento, você paga quase o dobro do valor do bem, a depender dos encargos aplicados.
Por sua vez, no consórcio, as prestações são mais baratas — e isso se reflete no valor final gasto para a compra do bem desejado. Isso gera maior economia para quem opta por essa alternativa. Além disso, como a aquisição é feita como na modalidade à vista, você tem mais poder para negociar um desconto.
Em resumo, o consórcio, além de ser uma opção mais barata, estimula a formação de uma poupança que ajuda a movimentar a economia nacional. A modalidade também impulsiona um modelo mais colaborativo, em vez de individual, o que permite o acesso a bens de alto valor a pessoas de baixa renda.
Quais são as desvantagens do consórcio?
Os benefícios são mais significativos nessa modalidade. Ainda assim, existem desvantagens a considerar para tomar sua decisão da maneira mais correta possível. Veja quais são elas.
Investimento em longo prazo
A contemplação no consórcio pode demorar, pois depende de sorteios, da oferta de lances vencedores ou da finalização do contrato. Com isso, você pode ficar um bom tempo sem aproveitar o bem que pretende adquirir. É claro que isso preserva seu poder de compra e é possível comprar algo até melhor no futuro. Ainda assim, é algo a considerar.
Incidência de taxa de administração
A taxa de administração é menor que os encargos cobrados para um financiamento. De toda forma, é importante atentar à alíquota para evitar uma surpresa desagradável. Faça os cálculos e veja quanto vai pagar no fim do contrato. Você verá que ainda será menos que no empréstimo com os bancos.
Financiamento ou consórcio: qual vale mais a pena?
As duas opções são válidas — tudo depende do que você deseja. Quer ter acesso ao bem na hora, ainda que isso implique pagar mais no futuro e comprometer sua renda por um longo período? O financiamento é a melhor opção.
Agora, se sua preferência é manter o planejamento financeiro, guardar dinheiro com disciplina, pagar menos e ter mais poder de negociação, o consórcio é a resposta certa. É por isso que o desempenho no setor de veículos leves chegou a 26,5% do mercado. No setor de motocicletas, alcançou 43,1%.
Em relação aos imóveis, a participação foi de 12,99%. Com isso, o total de participantes ativos atingiu 7,32 milhões de pessoas. Concluindo, o financiamento só é bom para quem tem pressa e está disposto a pagar o preço por isso — que muitas vezes é alto. Se esse não for o seu caso, vale a pena adquirir o mesmo bem ou serviço desejado por um preço mais justo por meio do consórcio.
Diante dessas informações, fica claro que, entre financiamento ou consórcio, a melhor alternativa é a segunda. Ela representa uma boa estratégia para quem é paciente e valoriza o dinheiro que tem — afinal, não foi fácil consegui-lo!
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